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Decisão judicial condena Itaú a ressarcir cliente após sequestro relâmpago: Saiba mais!

Mesmo diante de bloqueios de transferências, cliente do Itaú sofre prejuízo significativo devido a um sequestro relâmpago.

Na recente sentença proferida pela Justiça de São Paulo, o conglomerado bancário Itaú Unibanco foi ordenado a compensar um montante aproximado de R$ 33 mil a um de seus clientes, vítima de um sequestro relâmpago em 2021.

O valor atribuído não corresponde a uma indenização, mas sim ao prejuízo concreto sofrido pelo cliente como resultado direto do sequestro. Os assaltantes tentaram realizar múltiplas transferências, e o cliente só tomou conhecimento das transações indevidas após ser liberado.

Como tudo ocorreu?

Mesmo diante de bloqueios de transferências, cliente do Itaú sofre prejuízo significativo devido a um sequestro relâmpago.

Na noite de 22 de outubro de 2021, um homem de 54 anos aguardava em seu veículo na região de Pirituba, em São Paulo, quando foi abordado por dois criminosos.

Um dos indivíduos assumiu a direção do carro, enquanto o segundo apontava uma arma para o cliente no banco traseiro. Logo depois, um terceiro assaltante entrou no veículo, e juntos seguiram para uma comunidade próxima.

Durante o trajeto, venderam seus olhos. Ao chegarem a uma residência com varanda, os criminosos tomaram seus cartões de crédito e celular, exigindo as senhas.

Com acesso a essas informações, realizaram diversas transações, incluindo um empréstimo não autorizado no valor de R$ 433,7 mil, embora uma parte das transferências tenha sido bloqueada pelo banco.

Após sua libertação, o cliente constatou um prejuízo de R$ 33.630 e tomou medidas legais contra o Itaú, alegando que o banco concedeu um empréstimo de alto valor sem sua autorização presencial.

O que diz os advogados?

Os advogados que representam o cliente, Ciro Lopes Dias e Juscelino Gazola Junior, afirmaram perante a Justiça que o banco não solicitou a presença do cliente em uma agência bancária para validar a assinatura do contrato, o que é surpreendente, considerando a soma significativa de aproximadamente R$ 500 mil.

Eles também argumentaram que o Itaú foi negligente ao permitir as transferências, que não se alinhavam com os padrões de gastos habituais do cliente.

A defesa apresentada pelo Itaú argumentou que era impossível evitar os danos causados, visto que o crime ocorreu em espaço público e, portanto, o banco não contribuiu para a prática criminosa. A instituição reforçou que não é responsável pela segurança dos clientes fora de suas agências bancárias.

Posição do Itaú

O Itaú sustentou que não cometeu falhas e declarou que as instituições financeiras não têm meios de prevenir que seus clientes se tornem vítimas de atividades criminosas. Segundo o banco, não era possível prever que o cliente estava sendo sequestrado e que não era ele quem realizava as transações.

Qualquer suposição em contrário seria um ônus injusto imposto ao banco, que é tratado como garantidor universal das lamentáveis circunstâncias que afetam milhões de seus clientes.

Apesar das alegações do Itaú, a Justiça não aceitou a defesa e determinou que o banco reembolsará os R$ 33 mil ao cliente em primeira e segunda instância.

O sequestro relâmpago envolve uma estratégia criminosa na qual os sequestradores temporariamente privam as vítimas de sua liberdade para roubar dinheiro, cheques, veículos, cartões de crédito, celulares e outros pertences.

Distingue-se por sua rapidez e brevidade, exigindo ação imediata da vítima para obtenção de ganho econômico. Em suma, a principal motivação dos sequestradores nesse contexto é obter benefício financeiro imediato, utilizando a vítima como meio para atingir esse objetivo.

Como evitar um sequestro relâmpago?

Para evitar um sequestro relâmpago, algumas ações são necessária, tais como:

  • Certifique-se de verificar se está sendo seguido ou se há veículos desconhecidos estacionados em sua rua, com indivíduos estranhos dentro.
  • Evite manter uma rotina fixa. Modifique seus percursos e horários habitualmente.
  • Evite exibir sinais de riqueza, comentar publicamente sobre o valor de seus bens ou seus planos de viagem. Opte por dirigir um veículo comum, pois eles costumam atrair menos atenção.
  • Mantenha suspeitas em relação a telefonemas de números desconhecidos que solicitam informações sobre os residentes ou rotinas da casa. Instrua crianças e funcionários a não revelarem informações pessoais.
  • Esteja atento em cruzamentos. Ao se aproximar de um semáforo, reduza a velocidade para permitir a visualização do sinal verde. Evite encostar no veículo da frente para garantir espaço para manobrar e prefira o lado esquerdo da pista.
  • Durante viagens rotineiras, tente memorizar a localização de postos policiais ao longo do caminho. Caso ocorra um problema mecânico, evite parar em locais pouco movimentados.
  • Evite carregar na carteira cartões de banco, cheques completos (mantenha apenas algumas folhas) e anotações de senhas. Tenha sempre à disposição uma quantia em dinheiro de pequeno valor, que possa ser entregue em caso de roubo.
  • Ao sair ou entrar em seu veículo, observe se alguém está te observando. As vítimas geralmente são atacadas no momento em que se distraem ao colocar o cinto ou ligar o carro.
  • Mantenha algum membro da família informado sobre seus horários, rota e previsão de chegada ao destino.

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